sábado, 4 de maio de 2013

Quando o que era eterno morre cedo demais.

Não sei se acontece com todo mundo, mas comigo, vira e mexe, me pego pensando em uma pessoa que foi especial mas que não falo há muito tempo.

É importante pra mim procurar saber dela, de como ela está, se está feliz...

Por incrível que pareça, a pessoa que eu mais procuro saber não é a pessoa que eu quero que lembre de mim daqui a 20 anos. O que não significa que as vezes não me pergunte se esse carinho aquietado é recíproco.

Tenho a certeza que fiz o melhor que pude, amei com toda força, provei inúmeras vezes a minha fidelidade e lealdade. Vi com meus próprios olhos ela olhar para o meu rosto e ouvi com meus próprios ouvidos ela dizer que "não vivia sem mim".

Abracei com toda a força e carinho que possuía, de uma forma que eu afirmo com toda certeza que ninguem mais a abraçará. Ela provará outros beijos, será abraçada infinitas vezes, e vai fingir estar feliz. Vai se convencer de que é amada e de que está no caminho certo. Mas o seu coração em silêncio recusará ser feliz.

A pessoa que eu não quero que se recorde de mim daqui há anos é uma que luto para pouco saber, mesmo que as coisas da vida dela teimem em bater á minha porta. Mas com o passar do tempo, tenho a impressão que eu me importo cada vez menos com ela, e na verdade, eu nem sei se hoje ela recorda de tudo aquilo, que eu ainda não sei se foi eu que supervalorizei aqueles momentos ou se eles de fato foram tudo aquilo.

Mesmo assim, eu ainda penso que daqui 20 anos, mesmo que ela esteja feliz, casada, com filhos... Em algum momento, ela se perguntará como seria se estivesse comigo. Um dia, talvez quando esteja contando pros filhos sobre como era sua vida quando era jovem, ela se lembre daquele cara que foi meio namorado, meio amigo, meio inimigo... Ela vai lembrar daquele dia na praia, ela vai lembrar das conversas, dos sorrisos, da troca de cartas recheadas de carinho, ela vai lembrar e vai sentir saudade, e eu sei que eu também lembrarei, sentirei e guardarei isso pra mim.

A vida de ambos seguiu, se passou muito tempo. Ela arrumou outra pessoa, não duvido que ela esteja feliz. Na verdade, tenho certeza que infeliz não está. E eu também, arrumei outra pessoa, estou feliz, estou bem... E a vida continuará seguindo, casaremos, construiremos nossas famílias, teremos nossos filhos e tudo será da maneira que tem que ser. E ainda assim, as vezes, em meio a vida corrida, lembrarei dos tempos de outrora, onde a presença dela era uma constante, e eu me perguntarei por onde anda e como está aquela mulher. E eu sei que isso também acontecerá com ela.

E naquele momento ela vai entender e tudo vai fazer sentido, mas já vai ser tarde demais...

Um comentário: