quarta-feira, 20 de março de 2013

Divagações sobre o amor em uma Meia noite chuvosa

"Estive pensando essa semana, sobre uma coisa que a gente ouve desde sempre...Nada é para sempre!
Tudo estraga, apodrece, acaba, termina, morre. Mas isso tudo sempre foi veredito de coisas contáveis, pesáveis, físicas. Pessoas morrem, coisas estragam, o que é vivo apodrece, o que tem em quantidade uma hora termina, mas tem coisas que acho que não acabam somente por existir, acabam porque deixamos acabar.
Esperança não é a ultima que morre, ela só desaparece porque não damos mais combustível para ela se manter firme, então ela morre. Não era o destino dela acabar, foi nossa culpa deixá-la morrer.
Amor não é uma coisa contável, amor não tem prazo de validade, é o mesmo caso da esperança, não tem uma quantidade que depois acaba, não tem uma data que a partir dali ele apodrece ou estraga. A culpa é nossa dessas coisas acabarem. Não culpem o amor por separar um casal, culpem o casal por não cultivarem o amor o suficiente para ele durar para sempre.
O amor é eterno, até hoje eu ainda vejo casais casados a 30, 40, 50 anos e felizes. Somos nós que desaprendemos a lidar com esse sentimento. Nós o deixamos morrer todos os dias.
O amor não acaba, nós que acabamos com ele. Nos dias de hoje, com crianças namorando, com meninas de 14 anos grávidas, é dificil decifrar o que realmente é amor, o que é influência de maus exemplos, o que é modismo, o que é despreparo e o que simplesmente não tem explicação.
Mantendo o foco nessas situações sem explicação, é o que eu queria dizer. Acho inacreditável a capacidade atual das pessoas de apenas "imitar" amor. Acho incrível como as pessoas trocam de amores, como substituem pessoas em suas vidas. As pessoas se beijam e se abraçam, demonstram amor e carinho em suas palavras, e depois simplesmente mudam de ideia, o amor era de verdade? O carinho foi feito com o coração? As pessoas trocam de amor, ou o amor que troca de pessoas?
Teria uma pessoa vários amores dentro dela, ou ela tem um amor só pra várias pessoas?
São questões sem respostas, sem definições claras e universais para todo mundo. Sei que o amor é dito no singular, não existe vários amores como sentimento. Amor não se recicla, não é descartável. Não existe entre as coloridas latas de lixo reciclável uma cor-de-rosa  que possamos jogar corações para fazerem um amor novo."

3 comentários:

  1. Poxa...assunto delicado pr'eu comentar. Mas tá aí meu comentário, apesar de eu não ter comentado nada mesmo comentando. Ah, você entendeu rsrsrsrs. Beijo, Ju!

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  2. O amor não acaba, ele se modifica.
    Se nós os regamos ele sempre há de crescer.
    Se lembramos dele às vezes, ele vai estar ali.
    Mas se o esquecemos, se o tratamos com descaso, ele pode se transformar em ódio, o que nada mais é do que o amor ferido.

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    1. Pensamento interessante. :)
      Realmente o amor tem várias formas de se manifestar.
      Eu creio que o Amor como sentimento é imune a qualquer problema, parece um ideal romântico demais e até um pouco utópico. Mas o Ódio que é um sentimento muito útil também dependendo da finalidade, vejo como o antônimo de Amor, não como uma mutação.
      Mas muito obrigado por comentar.

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